Islândia (Dia 5)

Começamos o dia pela Svartifoss - uma das minhas preferidas.
Situa-se no Parque Nacional Skaftafell.
Esta queda de água é alimentada pelo glaciar Svinafellsjokull.
É uma cascata com 20m que cai de um penhasco, delimitado de ambos os lados por colunas altas negras de basalto. Assemelha-se às tubulações de um órgão.
A caminhada até à cascata é de 1,5km para cada lado e dura cerca de 45min. Não é difíciil e é um passeio bem agradável com outras quedas de água no caminho. Para mim vale bem a pena.

Seguimos para Svínafellsjokull, um glaciar que é um prolongamento do Vatnajokull, o maior glaciar da Europa.
Aqui há imensos trekkings no gelo.
Faz parte do Parque Nacional Skaftafell.
Para mim este glaciar é bem mais bonito que o anterior, tem uma coloração mais bonita com neve branca reluzente, veios de gelo azul profundo e bem menos pedaços de cinzas negras (devido às erupções passadas).
Foi também palco da série Game of Thrones.

Partimos para a lagoa glacial de Fjallsarlon.
É uma lagoa muito famosa e bem mais pequena e menos concorrida que a lagoa glaciar vizinha (Jokulsarlon).
O glaciar Vatnajokull, desce por uma encosta íngreme até à água. No fim do glaciar, os icebergs vão desprendendo para a lagoa, movimentando-se calmamente nas águas até derreterem.
Há centenas de icebergs que flutuam no topo da superfície da lagoa. Todos eles são diferentes, com tamanhos, formas e cores únicas.
Por vezes os icebergs colidem e geram um gemido alto quando o gelo se esfrega contra si mesmo.
Fazem-se muitos passeios de barco na lagoa, pelo meio dos icebergs.

De lá fomos até Jokulsarlón.
É de facto uma lagoa muito maior que a anterior e muito imponente. Uma maravilha da Natureza.
Aqui há imensos icebergs azuis, brancos, turquesa e negros, que se movem numa dança gelada.
Aqui movem-se bem mais rápido, principalmente no fim da lagoa, onde há comunicação com o mar. É interessante parar e apreciar a dança dos icebergs de acordo com a corrente de entrada/saída do mar. É único!
Estes icebergs são pedaços de gelo do glaciar Oraefajokull.
Esta lagoa tem crescido a olhos vistos devido ao derretimento do glaciar, sendo a lagoa mais profunda da Islândia.
Ela é aberta para o mar, pelo que tem uma mistura de sal e água doce, tornando a sua cor azul-esverdeada única.
Aqui também se fazem passeios de barco pelo meio dos icebergs.
Foi cenário de filmes e também da série Game of Thrones.

Na abertura para o mar situa-se a Diamond Beach - uma praia de areia negra onde chegam os icebergs da lagoa.
Quando chegam à areia preta brilham como diamantes.
É impressionante vê-los chegar e a manterem-se ali na areia.

Seguimos para Hofn, uma pequena cidade pescatória com menos de 2000 habitantes. É a segunda maior cidade na parte sudeste da Islândia.
Almoçamos uma sandes de lagosta maravilhosa à beira do porto, num bar pitoresco (Hafnarbúdin).

De Hofn e com a barriga cheia, fizemos o mesmo caminho, desta vez no sentido oposto até Selfoss onde ficamos hospedados.
Na casa onde ficamos havia um livro com as atrações do sul da Islândia... e, como apesar de já passarem das 21h ainda era bem claro resolvemos ir à atração mais próximo!
Hveragerdi é uma grande área geotérmica conhecida como a aldeia das flores, devido à grande quantidade de estufas que tem.
É uma área bem montanhosa mas espectacular, com muitas trilhas bem assinaladas.
Optámos por fazer uma das trilhas - Reykjadalur - que termina num riacho.
A caminhada é longa mas é bem bonita.
Nós não sabiamos bem para onde estavamos a andar, só subiamos a montanha ao lado das ovelhas e das cabras....
Mais em cima começamos a ver as pessoas com toalhas e nós sem nada nas mãos... mas nem por isso desistimos.
A caminhada em si é muito bonita, principalmente quando chegamos ao último km e vemos as fontes termais e coloridas, cheias de actividade geotérmica.
No fim, chegamos ao  rio quente onde podemos tomar banho! E assim foi... tendo em conta que eram perto das 23h o riacho tinha muito pouca gente e a falta de fato de banho não nos impediu de experimentar aquela água mas com muito cuidado já que em algumas zonas a água era ainda demasiado quente! Escolhemos então o local com a temperatura ideal para um bom banho.
Não há qualquer instalação de apoio na zona, é tudo natural, o que torna tudo ainda mais fantástico!
O pior foi quando saímos... A temperatura exterior era inferior a 10º, vestimos a roupa e descemos rápido a montanha para aquecer. Ainda apanhamos uma chuvada torrencial durante uns minutos que deu para ficar completamente molhado.
A caminhada (ida e volta) são pouco mais de 7km e demora-se cerca de 3h (incluindo banho).

Podem continuar a ler a nossa viagem aqui.