Islândia (Dia 6)

Tinha comprado a entrada para a lagoa azul na net, antes da partida, para o horário das 14h.
Assim tínhamos a parte da manhã para explorar toda a costa sudoeste - a península de Reykjanes.
Começamos por ver Selfoss - considerada a capital do sul da Islândia, uma cidade que tem vindo a crescer nos últimos anos e que é atravessada pelo rio de maior caudal do país - Olfusá. A cidade é pequena, com pouco para ver, o mais interessante é a vista da cidade, na ponte à saída.

Seguimos para Krysuvik - uma área geotérmica no meio da fissura média-atlântica.
Esta área possui várias zonas termais - Seltun, Hverahvammur e Hverahlid.
São impressionantes estas fontes termais com piscinas de lama borbulhantes e vapores quentes que saem para o céu.
Nesta zona há também inúmeros lagos ao lado dos depósitos de lama sulfurosa e a cor aqui é diferente, predominam os amarelos-acastanhados e sente-se bem o cheiro a enxofre.

Passeámos junto ao mar, pela costa a apreciar a paisagem e algumas piscinas naturais criadas pelas rochas, igrejas pequeninas de madeira, muito bonitas até chegarmos à ponte que separa a placa Eurasiática e a Norte-americana - Bruín Milli Heimsolfa.
Foi construída uma ponte entre as placas, em cima de Sandvik. Aqui as pessoas podem experimentar andar entre as duas placas continentais.
Não vale a pena ir lá de propósito, mas nós tínhamos tempo antes de ir para a Lagoa Azul.

Seguimos até à tão esperada visita à Blue Lagoon.
Para mim foi a grande desilusão da viagem!
É uma das principais atrações turísticas e a cor da água é linda e única, bem como a paisagem do campo de lava em redor!
Mas para além do campo de lava em redor toda a envolvência tem a estrutura de suporte, filas de entrada, empregados muito pouco simpáticos principalmente nos balneários, robes, chinelos e toalhas pagos como extra... Toda a estrutura está montada para o turista, com uma loja com passagem obrigatória à entrada e à saída, bar no meio da lagoa... Enfim, tudo destoa com a beleza natural do país.
A ideia de termos ido às 14h era para passarmos a tarde a relaxar na lagoa antes de apanharmos o voo à noite. Mas não foi uma experiência que valesse mais do que 1h.
A água é quentinha e é interessante para passar lá um bocado, mas não uma tarde, pelo que se torna uma piscina cara (cerca de 60euros/pessoa).
Eles avisam para colocar amaciador no cabelo antes de entrar! O meu conselho é de não colocar o cabelo na água!!! Eu pus amaciador antes, lavei o cabelo no fim por 3 vezes com amaciador e fiquei com ele tipo rastas, impossível de pentear...
A lagoa está aberta todos os dias de manhã à noite. Os horários mudam consoante a estação. Os preços variam consoante as horas.
É importante reservar online, principalmente na época alta, para não correr o risco de estar cheio!

Tendo em conta que ainda tínhamos algum tempo resolvemos cometer a loucura de ir ainda até Hraunfosser.
Estas quedas de água em Borgarfjordur são fantásticas e fora do normal.
A água parece que surge das paredes da lava mas, na verdade, é uma fonte fria e clara que surge no solo e corre para o rio Hvita.
Esta série de quedas de água é formada por vários riachos que percorrem cerca de 90m do Hallmundarhraun - um campo de lava.
Estas cascatas têm uma cor linda, azul-turquesa.
Há um miradouro com uma vista fantástica sobre as quedas. Ao lado há outra queda mais pequena mas igualmente muito bonita, conhecida como a queda das crianças (Barnafoss) e ainda uma ponte que atravessa o rio Hvita onde vemos a sua força e a coloração azul clara.

De lá seguimos para o aeroporto.
Um espectáculo que também tivemos a oportunidade de ver por várias vezes foram os grandes grupos de cavalos islandeses a correr pelos campos, perto da estrada.

Fica a vontade de um dia regressar à Islândia e explorar o Norte e apreciar as auroras boreais! ;)