domingo, 15 de dezembro de 2019

Vienciana (Laos)


Vienciana ou Vientiane é a capital do Laos e está localizada na margem nordeste do Rio Mekong, fazendo fronteira com a Tailândia.

Resolvemos visitar a cidade num dia, partindo do "acampamento" do Voluntariado. Sendo assim saímos bem cedo (por volta das 7h da manhã), porque apesar de serem apenas 26km, estes são feitos em tuk-tuk em estradas más... o que demora cerca de 1h!
O tuk-tuk público passa na estrada principal e custa cerca de 12000LAK e saímos junto ao Mornig Market (Talat Sao).



Fomos até ao "Le Banneton" (tripadvisor) tomar o pequeno almoço, onde dizem haver os melhores croissants da cidade.
Eram de facto bons :)

Depois do pequeno almoço passámos à frente do Palácio Presidencial e regressámos ao Morning Market onde apanhámos um autocarro público até ao Buddha Park (8000LAK).


O Buddha Park situa-se a sudeste da cidade, a 25km do centro, à beira do Rio Mekong. A viagem dura cerca de 1h.
Apesar de não ser um templo também é conhecido por Wat Xieng Khuan.
O parque contém cerca de 200 estátuas com uma mistura de hinduismo e budismo e algumas destas esculturas foram construídas devido a uma doação.
Uma das esculturas mais famosas é a forre de abóbora com 6m de altura. Depois de entrar pela boca, esta estrutura tem 3 andares, representando o inferno, o céu e a terra. É possível entrar, sendo que o interior não tem grande interesse e subir por escadas estreitas em algumas partes. Do topo conseguimos ver todo o parque.
Outra escultura bem importante é o Buda reclinado com 40m de comprimento. À frente há um pequeno templo para orações.
Há também um elefante com 3 cabeças. O elefante é um animal com um significado especial no Laos.

Mais informações:
- Horário de funcionamento: 8-17h
- Preço: 15000LAK






Voltámos de autocarro para a cidade, com uma paragem longa na Ponte da Amizade. Esta ponta liga a Tailândia ao Laos!
Chegámos ao centro e saímos na zona do Morning Market - Talat Sao que é um grande complexo de lojas onde se vende de tudo um pouco, tanto electrodomésticos, jóias, antiguidades, produtos locais como comida. Passeámos um pouco por lá.


Seguimos a pé em direção ao Patuxai, mas resolvemos parar e entrar num templo que nos apareceu no caminho - Wat That Phoun - e ainda bem que o fizémos.
Fora dos circuitos turísticos e dos livros, entrámos num complexo lindo!
No templo mãe estava a acontecer uma celebração!
Havia vários outros pequenos templos, e recantos lindos neste complexo! Um pequeno templo que nos chamou mais a atenção estava um pouco mais elevado e tanto o seu exterior como o interior eram lindíssimos com pinturas minuciosas.








Andámos um pouco até ao Patuxai, debaixo de um calor assustador (cerca de 40º).
Este monumento faz lembrar o arco do triunfo.
Foi construido em 1964 para comemorar a independência do Laos bem como daqueles que perderam as suas vidas durante a Guerra Civil (1953-75).
O nome quer dizer Porta da Vitória. O arco tem motivos Hindus e Budistas e tem 5 torres que simbolizam os 5 princípios budistas - não prejudicar os seres vivos, não roubar, não ter má conduta sexual, não mentir e não se intoxicar.
Há umas escadas que podem ser subidas (5000LAK) para contemplar a vista.
Em dias de muito calor a subida deve ser feita de manhã ou ao pôr do sol para que se possa disfrutar uma vez que a vista deve ser soberba.




Almoçámos num restaurante tipico e provámos o famoso Laap. A comida estava deliciosa! (tripadvisor)

Depois de recarregarmos as baterias seguimos para o Wat Si Saket.
É o templo mais antigo da cidade e foi o único que sobreviveu à destruição pelos Siamese que deitaram fogo a todos os templos da cidade.
Foi construído em 1818 para o Rei.
A arquitetura torna-o num templo único com os claustros à volta do templo com mais de 2000 imagens de Buda simétricas.
O Sim - Sala de ordenação - tem as paredes com desenhos minuciosos, , um tecto floral e cerca de 7000 imagens de Buda feitas de madeira, pedra e bronze.

Mais informações:
- Horário de funcionamento: 8-12 e 13-16h
- Preço 10000LAK


Seguimos até ao Haw Pha Kaew.
A estrutura original deste templo que agora funciona como museu, foi destruida em 1828.
Funcionou como templo Budista, sendo conhecido como o templo de Buda Esmeralda - tem um trono dourado destinado ao Buda Esmeralda que agora se encontra em Banguecoque no Grand Palais.
Agora, funciona como museu de arte budista e além das estátuas de Buda e esculturas o museu também tem muitos dos tesouros do Laos - um trono dourado, tabletes de pedra budista Khmer, manuscritos em folhas de palmeira.
Os jardins são majestosos, muito bem cuidados.

Mais informações:
- Horário de funcionamento: 8-12 e 13-16h
- Preço 10000LAK


Continuámos a andar até ao Wat Si Muang.
É um templo Khmer com uma lenda fascinante que tem um grande significado para a população.
"Um grupo de sábios escolheu este local para o templo quando o rei se mudou para Vienciana. No local escolhido foi cavado um grande buraco para receber o grande e pesado pilar (pilar da cidade). Quando este chegou ficou suspenso por cordas sobre o buraco.
O nome do templo vem de uma jovem grávida - Si Muang - que se sacrificou há mais de 400 anos para apaziguar os espíritos furiosos, atirando-se para o buraco. Nesse momento as cordas foram soltas."
Este pilar central formou o centro da cidade - sendo por isso este templo chamado de templo-mãe. Hoje em dia o pilar está localizado no hall traseiro e está envolto em tecido sagrado. Diante dele está um Buda sentado em relevo.
Há também uma pequena estátua de Si Muang atrás do templo com um monte de tijolos.
Este templo serve a comunidade Budista e os devotos acreditam que aqui há o poder para que os desejos sejam concedidos ou que consigam obter respostas a perguntas preocupantes.
Caso o desejo seja concedido deve voltar-se ao templo mais tarde e fazer uma oferenda, que consiste em levar geralmente 2 coisas de cada - bananas, cocos verdes, incenso, velas ou flores.
Vimos ainda um carro envolto em cordas e um monge a fazer-lhe uma oração.

Nós acabamos por ficar numa cerimónia com um monge neste templo. Ele envolveu-nos com uma corda e rezou durante cerca de 30min. Apesar de não percebermos nada do que foi dito soube muito bem, sentimo-nos tão calmas de repente e com energias boas!

Mais informações:
- Horário de funcionamento: 6-19h
- Gratuito




Seguimos de tuk-tuk até ao Night Market que está aberto entre as 18 e as 21h30.
Situa-se ao longo do Rio Mekong.
Não é mais do que uma avenida grande, cheia de barracas com toldo vermelho onde se vende de tudo, artesanato, roupa, produtos electrónicos, bugiganga...
Começam sempre por pedir valores muito altos. É necessário regatear.


Regressámos ao acampamento de tuk-tuk.

Ficámos com pena de não conseguirmos ter tempo para ver o Pha That Luang, um dos símbolos da cidade!
A cidade foi das que mais gostei na Ásia, nem parece uma capital! Tudo organizado, pouco turística com sítios lindos e um ambiente óptimo.

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