sábado, 27 de julho de 2019

Budapeste - Dia 1



Comprei antecipadamente, na net (site oficial), os bilhetes para o Parlamento.
Os bilhetes estão disponíveis em várias línguas e diferentes horários. Escolhi a visita em Inglês às 9h. O bilhete custou 15€. O parlamento só se visita com uma visita guiada que dura aproximadamente 40minutos.
Os bilhetes podem ser comprados no local mas corre-se o risco de não haver lugares. Os preços no local acabam por ser mais baratos (ficavam a cerca de 11€ para cidadãos da UE) mas a probabilidade de não haver vagas é alta!

Fomos então para o Parlamento bem cedo e andámos pelos jardins até à hora da visita.
Além de ser um dos maiores parlamentos do mundo é um símbolo da cidade, sendo o edifício mais conhecido.
Foi construído entre 1884 e 1902. Possui quase 700 salas e tem 268m de comprimento e 118m de largura.

A escadaria principal é imponente, com um tapete vermelho, o tecto dourado, colunas de mármore, estátuas, frescos e vitrais impressionantes.


A sala da cúpula não permite fotografias. Tem sempre guardas presentes (24h/dia) a guardar o principal tesouro da Hungria - a coroa sagrada Húngara que foi usada pelo Rei Estevão I, o fundador da Hungria. Esta está abrigada numa vitrine à prova de balas e terramotos numa sala imponente com várias estátuas dos reis da Hungria.

A antiga câmara alta, sala que anteriormente foi palco da assembleia, hoje é usada para conferências e reuniões.



De lá seguimos para a ponte das correntes sempre à beira do Danúbio para que não deixássemos passar o Memorial dos sapatos às margens do Danúbio.
Localizam-se bem perto do parlamento.
É um memorial que representa um triste momento da História Húngara em que vários judeus na 2ª Guerra Mundial foram perseguidos e capturados pelos Nazis, que os obrigavam a retirar os sapatos (um bem valioso na altura) e lhes disparavam sobre eles, caindo os corpos ao rio.
Veem-se flores e velas nos sapatos, já que as pessoas prestam ali homenagem às vítimas.




Seguimos até à Ponte das Correntes, a ponte mais antiga da cidade e a mais conhecida, que liga Buda a Peste.
Também é conhecida como Ponte Széchenyi, em homenagem ao seu criador - conde István Széchenyi.
Foi inaugurada em 1849 e foi destruída pelos Alemães na 2ª Guerra Mundial. A nova ponte foi inaugurada em 1949.
Do lado de Buda tem a Praça Roosevelt com o Palácio Gresham, do lado de peste tem a Praça Adam Clark com a pedra do km Zero da cidade e o funicular do castelo.




Seguimos à beira rio e fomos até uma igreja protestante - Szilágyi Dezso Square Reformed Church. Estava a haver uma celebração.
De lá a vista sobre o Parlamento é muito bonita porque apenas tem o Danúbio na frente.


Subimos até ao Bastião dos Pescadores, que tem uma vista fabulosa sobre a cidade e sobre o Parlamento.
A sua construção terminou em 1902 depois de cerca de 20 anos de obras.
Tem 7 torres que homenageiam as 7 tribos fundadoras da Hungria.
Há uma estátua de Estevão I a cavalo.
O acesso aos arcos é gratuitos mas pode subir-se às torres comprando um bilhete.

Na praça situa-se a Igreja Matias, a igreja católica mais famosa da cidade e mais antiga, com um estilo neogótico.
Foi nela que ocorreram coroações e casamentos reais.
O tecto colorido é feito com uma cerâmica especial da Hungria.







De lá fomos por ruas muito engraçadas até ao Castelo/Palácio Real, a antiga residência dos reis Húngaros.
Hoje nele estão instalados dois dos principais museus da cidade - Museu de História de Budapeste e Galeria Nacional Húngara.
A vista é igualmente deslumbrante.




Descemos e parámos no Castle Garden Bazaar, um jardim lindo por baixo do castelo e junto ao rio Danúbio, com várias estruturas neogóticas e neorenascentistas.



Depois de uma pequena pausa fomos até à Citadella que é o ponto mais alto da cidade.
De lá temos igualmente uma das melhores vistas sobre a cidade.
Foi construída uma Fortaleza como edifício de vigilância. No final da Guerra, os Húngaros quiseram destruí-la mas foi declarada como lugar de interesse turístico.
É necessário pagar bilhete para entrar na Fortaleza e a vista é idêntica à da Citadella pelo que não entramos e apenas ficamos a ver a cidade.
A estátua da liberdade (de bronze) é um dos ícones da cidade, sendo visível de todos os lados. A estátua foi dedicada aos soldados soviéticos que morreram durante a Guerra. Em 1989, quando o país se tornou uma democracia, a estátua passou a ser dedicada a todos os que morreram pela liberdade.
Há várias formas de chegar lá a pé. Uma das subidas do monte é feita aos zig-zags (foi por onde subimos) mas há também uma escadaria que é mais directa e que tem vários miradouros no caminho (por onde descemos) - esta começa/termina junto às termas Gellert.





Quando descemos passámos à porta das Termas Gellert mas não entrámos porque não tínhamos planeado entrar.
O edifício é muito bonito.

Passámos a Ponte Szabadság e percorremos a Vaci Utcá, uma pedestre. É uma rua enorme, cheia de pequenas lojas de coméricio local e restaurantes!


Já passava das 15h e fomos almoçar ao Mazel Tov - um sítio muito giro e com óptima comida.
Aqui tivemos o primeiro contacto com os locais, achámos os funcionários super antipáticos! Mas tal facto é superado pela óptima comida e pela beleza do espaço.
(tripadvisor)


Passámos pelo hotel buscar a uma mochila com toalha, havaianas e bikini e seguimos para as termas Széchenyi.
Fizémos a Avenida Andrássy, uma das avenidas mais importantes e emblemáticas da cidade. É enorme e liga a praça Erzsébet ao Parque da Cidade, atravessando a Praça dos Heróis. Tem casas muito bem conservadas e lindas fachadas.
Foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 2002.

A Praça dos Heróis é uma homenagem aos líderes da nação. O conjunto de estátuas foi construído entre 1896 e 1929 para comemorar o milésimo ano da fundação da Hungria.
No centro da praça há uma coluna com a imagem do Anjo Gabriel no topo. Na base, 7 cavaleiros representam os chefes das tribos que fundaram a Hungria.
A praça está rodeada pelo Palácio de Belas Artes e pelo Palácio da Arte. Atrás situa-se o Parque da cidade, uma enorme área verde, com lagos, castelos, jardim botânico e jardim zoológico.
Acabámos por passear aqui um bom bocado antes de ir às termas.


Chegámos às Termas de Széchenyi às 19h. O preço a esta hora é mais barato apesar da diferença não ser significativa (cerca de 3€) mas nós também não tínhamos intenções de ficar lá mais do que 2h.
Foram inauguradas em 1913 e é um dos maiores complexos de águas termais da Europa com 18 piscinas - 3 externas e 11 internas. Possui também saunas e salas de massagem e tratamentos.
A água quente é proveniente de 2 nascentes termais profundas onde a água brota a mais de 70º.
A temperatura da água das piscinas varia entre os 18 e os 40º.
São frequentadas por locais, tanto por motivos de saúde como para relaxar, mas são usadas maioritariamente por turistas.
Há dois tipos de bilhete - com cabine - que dá acesso a uma pequena cabine para nos mudarmos e deixarmos as coisas (podem várias pessoas partilhar a cabine); ou com locker/cacifo - que dá direito a um cacifo para guardar as coisas e as pessoas mudam-se nos balneários. Para mim é perfeitamente razoável a opção mais barata (locker).
Dão-nos uma pulseira à entrada que funciona não só como bilhete mas como chave do cacifo (ao juntarmos a pulseira ao cacifo este memoriza-a e depois só aquela pulseira abre aquele cacifo).
Eu só estive nas piscinas exteriores. As das pontas têm a água mais quente e a do meio é maior, só é usada para nadar, a água está ligeiramente mais fria e é obrigatório o uso de touca nesta piscina.
O bilhete com cacifo depois das 19h custou 5100HUF. (Ao fim de semana o preço também é mais alto que durante a semana)




Fomos jantar ao Zeller Bistro. Marcámos para as 22h e como saímos das termas depois das 21h fomos a pé aproveitando para ver a cidade mais à noite.
Foi maravilhoso! A comida estava uma verdadeira maravilha e tivemos direito a música ao vivo no início do jantar! Foi dos sítios de que mais gostei.
(tripadvisor)


Sem comentários:

Enviar um comentário